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12 de Maio 2014 e 24 de Maio 2014

 

A presente crónica retrata não um percurso asfáltico à beira do asfalto, mas sim dois percursos! A mesma volta circular, contudo em sentidos diferentes e também em dias diferentes (12 de Maio e 24 de Maio). Ambas as voltas com o mesmo objectivo... a subida... além Ingarnal!

 

O Ingarnal é uma pitoresca aldeia cravada quase no cume do Cabeço do Zibreiro na Serra da Gardunha. Rodeada em todas as suas vertentes de vegetação, tem vindo ao longo dos anos a sofrer um despovoamento severo! Não abandonada, mas certamente com pouco habitantes de forma permanente, esta aldeola tem uma componente paisagistica invulgar... singular! Invariavelmente, a sua localização nas abas da Gardunha obrigam a uma ascenção ainda longa para entrar nos  limites da aldeia. A estrada continua além Ingarnal... com uma inclinação ainda mais forte, curvilando ora à esquerda ora à direita rumo à Lomba, a cumeada que divide o Ingarnal da Foz do Giraldo... ligação esta apenas em terra batida, impraticável de bicicleta asfáltica.

 

É uma das duras subidas cá das redondezas... mas que me deu um gozo brutal visitá-la por 2 vezes em 2 pedaladas, no espaço de 2 semanas.

Almaceda, Ingarnal e São Vicente da Beira... e vice-versa!!

Meia volta, volver!!! Descida vertiginosa com rumo de novo a Almaceda, para depois seguir pelo Violeiro, Partida e Pereiros direcionando-me ao Casal da Fraga e São Vicente da Beira. Depois pela N352, segui por Tinalhas, Póvoa de Rio de Moinhos, entrando na N18 em Alcains, seguindo por esta via até à cidade de Castelo Branco.

 

No dia 24 de Maio, fiz o mesmo percurso, embora de forma inversa (Alcains, Póvoa de Rio de Moinhos, Tinalhas, São Vicente da Beira, Pereiros, Partida, Violeiro, Almaceda, Ingarnal, Almaceda, Rochas de Baixo, Lameirinha, Salgueiro do Campo e Castelo Branco).

 

Neste 2º dia, as temperaturas estavam bem mais ao meu gosto... amenas, até com algum frio aqui e acolá (gosto)! A subida ao Ingarnal e depois até final da via asfáltica fez-se com outro ânimo e as duras pendentes, apesar de sempre dificeis, ultrapassaram-se sem tanto apelo ao sacrifício!

Ambas as tiradas asfálticas foram em solitário. Apesar de ser mais perigoso, é uma das formas que me dá mais gozo de pedalar. Seguir o meu ritmo e desfrutar disso mesmo!

 

No dia 12 de Maio (por sinal, dia internacional do Enfermeiro!) saí de Castelo Branco rumo a Almaceda pela N112, com passagem pelo Salgueiro do Campo e Lameirinha, cortando depois à direita rumo a Rochas de Baixo e Almaceda onde parei no café local para abastecimento sólido e um cafézinho. Foi um angariar de calorias para ir deixando encosta acima até ao Ingarnal.

 

Neste dia o calor fazia-se sentir bastante e a transpiração rumo ao final da estrada foi uma constante. Bem... lá em cima, depois de algum sofrimento, é o deslumbre total. Primeiro por termos atingido com sacríficio alquele ponto e depois pela contemplação paisagística que o local proporciona! Fantástico mesmo... e duro!!!

É uma volta, que, independentemente do sentido permite desfrutar muito da bicicleta e do prazer que isso nos dá. A paisagem é muito agradável e o sobe e desce que caracteriza a zona vai de encontro aos meus gostos pessoais. As duas voltas, contabilizam um total de 192km's... excelente! Até breve... à beira do asfalto!

 

Até lá… boas pedaladas!

João Valente

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