À Beira...
do Asfalto!
20 de Março 2014
Hoje foi dia de volta grande… número 3! Juntamente com o amigo Agnelo Quelhas temo-nos proposto vencer os desafios Strava inerentes à temática GranFondo. Chegou o mês de Março e o GrandFondo 3 agendou-se para o dia 20 do mês. Um percurso transibérico!
“In the third Challenge of the Gran Fondo series, Strava is increasing the distance and challenging you to ride 160 kilometers (99.4mi) in one ride between March
GF3 - Zebreira, Zarza La Mayor, Termas de Monfortinho
1st and March 31st. For this Challenge, deviate from your normal routes and go after something more adventurous. Optimize for suffering and exploration, not comfort and convenience”.
Ainda lancei o desafio a alguns companheiros do pedal, contudo o dia de semana, a longa distância, o partir demasiado cedo, ou outros motivos quaisqueres, ditaram que a aventura fosse mesmo em dupla: João Valente e Agnelo Quelhas.
Decidimos sair da cidade cedo… 6:30 hora de encontro junto às Violetas. A manhã acordara nublada, molhada, com algum nevoeiro… e fresquinha!
Iniciámos o nosso percurso rumo aos Escalos de Baixo e via N240 seguimos até ao Ladoeiro, onde fizemos a primeira paragem para um cafezinho (abatanado). O nevoeiro entrecortado com as árvores de copa alta que ladeiam a N240, enalteciam a beleza fantasmagórica da hora matutina!
Prosseguimos! Zebreira e Salvaterra do Extremo… onde não chegamos a entrar! Uma cortada à esquerda permite-nos embrenhar num par de km’s pelo Parque Natural do Tejo Internacional. Estradinha estreita, pendente descendente, curvilínea até ao Erges… delimitando a fronteira entre Portugal e Espanha. Mais umas fotografias para recordar!! O nevoeiro dava agora lugar ao sol… envergonhado! Agradável! Estava a ser uma manhã impecável!
Em território de “nuestros hermanos” seguimos via EX-117, com paragem nas proximidades de Zarza La Mayor. A hora ainda matutina não incentivava à típica “cerveza com límon”! Comemos uma sandocha e prosseguimos em território espanhol para mais tarde entrar de novo em Portugal… desta vez na fronteira junto às Termas de Monfortinho.
Contacto telefónico para o Abílio Fidalgo! Estava à nossa espera… na recta da localidade! Um encontro e uma tertúlia um pouco mais prolongada num café local! Conversa sobre bicicletas, amigos das bicicletas e afins. A temperatura, a companhia e a serenidade local faziam-nos ficar por ali bastante mais tempo, contudo… mais alguns km’s haviam para percorrer… era tempo de voltar ao asfalto!
Seguimos, agora em pendente mais ascendente rumo a Penha Garcia. Imprevisto neste troço! O pneu traseiro do Agnelo começou a ficar demasiado macio… furo! Encostámos numa cortada da estrada e ali começamos um workshop de mecânica. Surpreendentemente passado pouco tempo uma viatura das Estradas de Portugal passou junto de nós, parou, e tentou ajudar-nos com uma amabilidade que hoje em dia parece invulgar! Ficámos bem impressionados com este episódio! Solucionado o furo… demos continuidade à nossa jorna de hoje.
Vislumbramos Penha Garcia cravada na encosta da serra com o mesmo nome, passamos junto à aldeia mais portuguesa de Portugal, cruzámos a aldeia dos balcões e já depois das 12:00 entrámos em Proença à Velha onde atestámos bidons de água fresca num dos fontanários da vila.
Seguimos via paralelo (trrrrreeeetrttrreeeeeeeeeeee!) Na saída de Proença-a-Velha virámos azimutes para São Miguel D’Acha e via N233, lá fomos em bom ritmo e vencendo as últimas subidas do dia, até Lousa, Escalos de Cima e Castelo Branco.
Entrámos na cidade cerca das 13:20, com o desafio superado, mas acima de tudo com uma manhã plena dedicada à evasão cicloturística na nossa zona, com extensão à nossa vizinha Espanha. De salientar uma vez mais, a boa companhia do Agnelo Quelhas, parceiro desta voltas mais ousadas.
Há quem diga que já passou esta fase dos deslumbramentos! Quanto a mim…ainda bem que me mantenho nesta fase! Dá-me prazer, dá-me gozo, faz-me sentir vivo! Assim tenha disponibilidade para elas...
Fiquem bem… Até á próxima!
Até lá… boas pedaladas!
João Valente